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A Ação Missionária no Antigo Testamento

Uma Reunião de Oração que durou 100 anos

*tradução do artigo “A Prayer Meeting that Lasted 100 Years”, de Leslie K. Tarr, publicado na revista Cristianity Today

FATO: A Comunidade Morávia de Herrnhut, na Saxônia, em 1727, iniciou uma vigília de oração que continuou sem parar por mais de cem anos.

FATO: Em 1791, 65 anos após o início dessa vigília de oração, a pequena comunidade Morávia enviou 300 missionários aos confins da terra. Será que existe alguma relação entre esses dois fatos? A intercessão fervorosa é um componente básico na evangelização do mundo? A resposta para ambas as perguntas é certamente um incondicional “sim”.

Esse impulso da evangelização heróica do século XVIII pelos Morávios não recebeu a atenção que merece. Mas, ainda menos anunciado que suas façanhas missionárias, é que a reunião de oração de cem anos sustentou o fogo do evangelismo. Durante os primeiros cinco anos de existência do assentamento Herrnhut, mostraram-se poucos sinais de poder espiritual. No início de 1727, a comunidade de cerca de trezentas pessoas foi sacudida por discórdias e brigas. Um local improvável para avivamento!

Olhando para trás, para esse dia e os quatro gloriosos meses que se seguiram, Zinzendorf recordou mais tarde: “Todo o lugar representava verdadeiramente uma habitação visível de Deus entre os homens.” Um espírito de oração foi imediatamente evidente na comunidade e continuou durante todo esse “verão dourado de 1727”, como os morávios passaram a designar o período. Em 27 de agosto daquele ano, vinte e quatro homens e vinte e quatro mulheres fizeram o acordo de passar uma hora por dia em oração programada.

Alguns outros se alistaram na “intercessão de hora em hora”. “Durante mais de cem anos, os membros da Igreja Morávia toda participaram na ‘intercessão de hora em hora’. Em casa e no exterior, em terra e mar, este relógio de oração subiu incessantemente ao Senhor”, declarou o historiador A. J. Lewis.

The Memorial Days of the Renewed Church of the Brethren [Os Dias Memoráveis da Igreja Renovada dos Irmãos], publicado em 1822, 95 anos após a decisão de iniciar o relógio de oração, curiosamente descreve o movimento em uma frase: “O pensamento atingiu alguns irmãos e irmãs que possa ser bom separar algumas horas com o propósito de oração, em que períodos nós possamos ser relembrados de sua excelência e sermos induzidos pelas promessas anexas à fervorosa oração perseverante para derramarmos seus corações diante do Senhor”.

A revista cita ainda uma tipologia do Antigo Testamento como justificativa para a vigília de oração: “O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará” (Levítico 6:13); assim, em uma congregação que é um templo do Deus vivo, onde ele tem o seu altar e fogo, a intercessão dos seus santos deve incessantemente subir até ele.

Essa vigília de oração foi instituída por uma comunidade de crentes cuja média de idade era provavelmente cerca de trinta anos. O próprio Zinzendorf tinha vinte e sete anos. A vigília de oração de Zinzendorf e a comunidade morávia sensibilizou-os a tentar a inédita missão de alcançar outros para Cristo.

Seis meses após o início da vigília de oração, o conde sugeriu aos seus companheiros morávios o desafio de um evangelismo ousado visando as Índias Ocidentais, Groenlândia, Turquia e Lapônia. Alguns eram céticos, mas Zinzendorf persistiu. Vinte e seis morávios adiantaram-se no dia seguinte para se voluntariar para missões mundiais aonde o Senhor conduziu.

As façanhas que se seguiram certamente devem ser contadas entre os momentos altos da história cristã. Nada intimidou Zinzendorf ou seus companheiros arautos de Jesus Cristo – prisão, naufrágio, perseguição, ridicularização, a peste, a pobreza miserável, ameaças de morte. Seu hino reflete sua convicção:

Embaixador de Cristo,
Sabeis o caminho que vós ides?
Ele leva para dentro das
mandíbulas da morte,
É cheio de espinhos e aflição.

Os historiadores da Igreja olham para o século XVIII e se maravilham com o Grande Despertamento na Inglaterra e na América, que levou centenas de milhares de pessoas para o Reino de Deus. João Wesley figurou em grande medida naquele poderoso movimento e muita atenção tem sido centrada nele.

Não é possível que tenhamos negligenciado o lugar que essa vigília de oração teve em alcançar Wesley e, através dele e seus companheiros, em alterar o curso da história?

Perguntamo-nos o que aconteceria se os cristãos do século XX instituíssem uma “vigília de oração” pela evangelização do mundo, especificamente para atingir aqueles, nas palavras de Zinzendorf, “para quem ninguém se importava”.

Fonte: Cristianity Today
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